terça-feira, 17 de junho de 2014

Incandescentes se apagam de vez

A invenção mais famosa de Thomas Edison está com os dias contados no Brasil. Comercializada desde 1879 e utilizada até os dias atuais praticamente sem inovações, a velha lâmpada incandescente terá sua fabricação e importação proibidas a partir do dia 1º de julho em nosso país, por determinação do Governo Federal. No comércio, ainda podem ser vendidas por mais um ano, mas acredita-se que os estoques acabarão bem antes. Calcula-se que mais de 300 milhões de incandescentes são vendidas todos os anos no Brasil.


A proibição já acontecia com lâmpadas de potência acima de 61 watts. Agora é a vez das mais populares, usadas para iluminar residências, com potência entre 41 e 60 watts. Assim, finalmente termina o ciclo das incandescentes no país. Estadus Unidos, União Européia e até a Argentina se livraram delas faz algum tempo.

Embora não sejam tão perigosas - sob o ponto de vista da contaminação ao meio ambiente - as lâmpadas incandescentes são extremamente ineficientes, se comparadas às fluorescentes e às de LED. De acordo com o Instituto Nacional de Eficiência Energética (Inee), somente 8% da energia elétrica gasta é transformada em luz quando se acende uma lâmpada incandescente.

O restante ta energia é transformado em calor. Para efeito de comparação, uma lâmpada fluorescente tem eficiência energética 32% e a de LED, nada menos que 60%. Então, em tempos de economia de energia as incandescentes são um desperdício altíssimo e perfeitamente evitável.

A durabilidade da lâmpada incandescente também deixa a desejar se comparada às fluorescentes e de LED. Sua vida útil é de, em média, mil horas. Já a fluorescente é oito vezes mais durável. A de LED cinquenta vezes.

Mesmo assim, a incandescente já chegou a durar muito mais do que hoje. Lá pelos anos 1920 iluminavam por mais de 2500 horas. Acontece que a ganância dos empresários deu um jeito de derrubar tanta durabilidade criando a chamada "obsolescência programada". Os fabricantes perceberam que se cada uma delas durasse menos, os consumidores teriam que comprar mais. assim, a produção e os lucros aumentariam substancialmente.

Enfim, a partir de julho as lâmpadas incandescentes passam a ser apenas peças de museu no Brasil.


Patrícia Zanatta, Diretora de Comunicação

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