Os benefícios são mais do que ambientais – são também econômicos. A casa sustentável permite que o morador gaste 25% menos em manutenção devido a vantagens como a eficiência térmica, duas vezes maior que a das habitações convencionais. Para isso, a Tecverde trouxe ao Brasil uma tecnologia conhecida como “wood frame”, que permite industrializar 80% do processo construtivo. Todas as paredes, lajes e coberturas podem ser produzidas na própria fábrica, recebendo isolamento térmico e acústico integral. No canteiro de obras, são realizados apenas a montagem dos painéis e os acabamentos. Para funcionar no país, a tecnologia foi tropicalizada – aqui, as estruturas são muito mais resistentes à umidade, por exemplo.
Diretor-geral da Tecverde, Caio Bonatto diz que o objetivo inicial era resolver o problema da pouca eficiência da construção civil – como falta de mão de obra, atrasos e riscos operacionais. “Com a industrialização, conseguimos aumentar muito a performance. Já a sustentabilidade é fator intrínseco de qualquer decisão que tomamos. É um meio, e não um fim”, conta. Bonatto lembra que a construção civil está entre os setores que mais consomem energia no mundo. Nesse cenário, o papel da tecnologia é aumentar a rentabilidade e a performance dos negócios sem agravar os danos ambientais.
Criada em 2010, a empresa de Curitiba atua no sul e no sudeste do Brasil. Além de desenvolver casas de médio e alto padrão, lançou a operação Rede Tecverde, responsável por construir residências voltadas para baixa renda, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O projeto-piloto foi realizado em Pelotas (RS) e resultou no Residencial Haragano, onde foram construídos 270 sobrados e dez casas térreas com projetos de acessibilidade. Todas as unidades foram entregues para finalização em um prazo de cinco meses. O projeto foi premiado com louvor no prêmio de Inovação e Sustentabilidade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A Tecverde tem capacidade para produzir quatro casas de 45 m² em um turno de oito horas. Cada unidade vem com um valor 10% menor do que o da construção civil convencional. Em 2013, já foram construídas 300 unidades pelo MCMV e 15 residências de alto padrão (acima de 150 m²). Para 2014, a expectativa é alcançar mil unidades de baixa renda e outras 36 de alto padrão. Entre os principais benefícios para quem adquire uma casa sustentável, Caio Bonatto destaca o conforto térmico e acústico. Também ressalta o baixo consumo de energia e a qualidade do ar “superior” nos diferentes ambientes de cada casa. O resultado, assegura ele, é a tranquilidade do morador, que dispõe de estruturas eficientes e duráveis, independentemente do valor do seu imóvel. “Qualquer casa que construímos tem de ser sustentável”, salienta Bonatto.
Fonte
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Carolina Moraes, Gerende de Comunicação da Biológica Jr.
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